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Société Générale atribui preço-alvo de 0,13 euros ao BCP e recomendação de "comprar"

22.09.14, Planeta Cultural

Numa nota de análise publicada esta segunda-feira, 22 de Setembro, o Société Générale atribui uma recomendação de "comprar" às acções do BCP, atribuindo-lhes um preço-alvo de 0,13 euros. Tendo em conta a cotação de fecho da sessão de hoje - 0,1052 euros – a avaliação do banco francês tem implícito um potencial de valorização de 23,5% para as acções do banco liderado por Nuno Amado.

 

O anterior preço-alvo era de 0,26 euros por acção, mas os valores não são comparáveis, uma vez que a avaliação anterior foi realizada antes do aumento de capital.

 

Os analistas do Société Générale justificam o actual optimismo com três acontecimentos que tiveram lugar desde que começaram a cobertura do BCP, a 27 de Maio. Em primeiro lugar, o aumento de capital de 2,25 mil milhões de euros, que foi superior ao esperado. Em segundo lugar, o colapso do seu maior concorrente, o BES. Em terceiro, a normalização dos juros da dívida portuguesa, especialmente nos prazos mais curtos.

 

"Na nossa perspectiva, o efeito destes três acontecimentos é positivo para o BCP, já que o banco está mais capitalizado num ambiente económico mais favorável, e um dos seus maiores concorrentes está em reestruturação", lê-se na nota de análise.

 

O Société Générale acredita que o BCP "está bem posicionado" para beneficiar dos acontecimentos acima referidos e também "da recuperação económica em Portugal". Contudo, a economia nacional tanto pode ser um bom catalisador, como também um grande risco.

 

"Os principais riscos para o preço-alvo estão relacionados com a economia: défices orçamentais mais elevados do que o previsto, subida dos juros da dívida e um crescimento decepcionante do PIB", justificam os analistas. "A situação da Ucrânia cria incerteza na avaliação do Millennium na Polónia, que representa um quarto do valor do grupo".

 

De acordo com o banco francês, um catalisador capaz de desencadear uma revisão da avaliação das acções são os resultados dos testes de stress realizados pelo Banco Central Europeu (BCE). No entanto, acrescentam, "esperamos que o BCP não tenha nenhum problema em passar os testes".

 

 

 

In' Jornal de Negócios

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