Preço do petróleo leva Fitch a cortar “rating” da Arábia Saudita
A Fitch cortou a notação financeira para a Arábia Saudita de "AA" para "AA-". A decisão que foi anunciada esta terça-feira, 12 de Abril, representa apenas uma ligeira revisão em baixa, com a notação financeira actual a ser a quarta maior da escala. A agência norte-americana alerta para o aumento do défice registado por aquele país do Médio Oriente, justificado pelas contínuas descidas do preço do petróleo.
"A revisão em baixa dos nossos pressupostos para o preço do petróleo em 2016 e 2017, de 35 dólares por barril e 45 dólares, respectivamente, tem enormes implicações negativas para os equilíbrios orçamental e externo da Arábia Saudita", aponta a Fitch, na nota divulgada esta terça-feira. Mas os baixos preços da matéria-prima já têm afectado as contas do país.
A Fitch relembra que "o défice do Governo cresceu para 14,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015, depois de ter ficado em 2,3% em 2014 e de contínuos excedentes" entre 2010 e 2013. E para este ano, a agência antecipa apenas "uma redução marginal do défice". Para fazer face às necessidades de financiamento, a Fitch pensa que a Arábia Saudita dependerá, em grande parte, "da alienação de activos financeiros, mas o Governo já começou também a aumentar a dívida internamente".
"O PIB real cresceu 3,4% em 2015, apoiado pela forte expansão da produção de petróleo e do trabalho contínuo em grandes projectos", nota a agência de "rating". Contudo, alerta, o crescimento da economia do país "abrandará para 1,5% em 2016 e 1,7% em 2017", concluindo que "a produção de petróleo deverá estabilizar" e o produto da economia nacional que não depende do petróleo "deverá ser afectado pelas medidas de consolidação orçamental e pela menor confiança".
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