Parlamento chumba legalização da adoção por casais gay
O Parlamento chumbou esta quinta-feira os projetos de lei que visavam legalizar o direito de casais gay adotarem crianças. Estavam em causa projetos do BE, PEV e PS.
O projeto do Bloco obteve 119 a favor, 89 contra e 12 abstenções; o do PS teve 119 votos contra, 91 a favor e 10 abstenções. O projeto do PEV foi chumbado com 120 votos contra, 91 a favor e 9 abstenções.
Foi também chumbado um projeto do BE que alteraria o Código do Registo Civil tendo em conta a procriacão medicamente assistida.
As bancadas do CDS, PCP, BE e PEV votaram sem dissonâncias internas. Essas só ocorreram nos grupos parlamentares do PSD e do PS.
Na bancada do PSD, os deputados Sérgio Azevedo, Teresa Leal Coelho, Francisca Almeida, Gabriel Goucha, Joana Barata Lopes, Cristóvão Norte e Cristóvão Simão Ribeiro (líder da JSD) votaram a favor dos projetos do PS, indo contra o sentido maioritário da sua bancada.
Foi a maior dissonância que se verificou na bancada social-democrata, em relação ao conjunto dos diplomas que foram levados a votos.
No PS também houve dissonâncias. António Braga, João Portugal e António Cardoso votaram contra os projetos sobre adoção gay, divergindo do sentido esmagadoramente maioritário no seu grupo.
Dos 230 deputados, faltaram dez: dois do BE (Catarina Martins, que está na Grécia, e João Semedo, que está doente); três do PSD e cinco do PS.
Nas bancadas do CDS (24 deputados), PCP (16) e PEV (2) não faltou ninguém.
Genericamente, a co-adoção foi chumbada, nos três projetos em causa (PS, PEV e BE), por quase trinta votos de diferença entre votos contra e votos a favor, o que significa que as ausências não fizeram diferença.
In' DN