Líder da oposição bielorrussa julgada à revelia
Candidata nas presidenciais de agosto de 2020 no lugar do seu marido detido - o ativista e "youtuber" Serguei Tikhanovski -, Svetlana Tikhanovskaia contestou os resultados das eleições, denunciou atos fraudulentos e mobilizou multidões nunca vistas contra o presidente Alexander Lukashenko, no poder desde 1994.
O regime bielorrusso reprimiu os protestos com violência, detenções arbitrárias, pesadas penas de prisão e exílios forçados.
A opositora, distinguida em 2020 com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu, vive exilada na Lituânia.
Serguei Tikhanovski foi condenado em dezembro de 2021 pela justiça bielorrussa a 18 anos de prisão por "organização de distúrbios massivos", "incitamento ao ódio na sociedade", "perturbações à ordem pública" e "obstrução da comissão eleitoral".
Na véspera do início do julgamento da sua mulher, Serguei Tikhanovski foi acusado de desobediência na prisão.
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