Contribuintes podem ter de mudar de browser para entregarem as declarações de IRS
Se utiliza as versões mais recentes do Google Chrome ou o Microsoft Edge para navegar na internet, terá de mudar de navegador para entregar a declaração de IRS. O alerta vem do próprio Fisco que diz que está a procurar soluções, mas não a tempo do IRS deste ano.
A entrega electrónica de declarações de IRS não é possível caso se esteja a utilizar as versões mais recentes do Google Chrome ou o Microsoft Edge. O alerta está numa nota colocada no Portal das Finanças e a ideia é que os contribuintes não sejam apanhados de surpresa quando forem entregar as declarações de rendimentos deste ano, cujo prazo arranca já na próxima sexta-feira, 1 de Abril.
Segundo explica o Fisco, em meados de 2015 alguns fabricantes de browsers da internet decidiram deixar de utilizar a tecnologia NPAPI o que fez com que as versões mais recentes do Chrome e do Edge não suportem as Java Applets, utilizadas nas aplicações de suporte à entrega das declarações fiscais.
Isso faz com que os utilizadores tenham de procurar outros browsers, um problema que é detectado pelo sistema das Finanças que automaticamente propõe alternativas que suportem a tecnologia java como, exemplifica-se, o Internet Explorer, o Firefox ou o Safari (para Mac OS X). São gratuitas, sublinha o Fisco, mas a verdade é que isso não elimina os incómodos inerentes. Uma outra hipótese será utilizar a aplicação off-line de preenchimento da declaração do IRS, o que não é tão prático, nomeadamente para efectuar simulações.
A Autoridade Tributária assegura que está a trabalhar numa solução que permita a utilização generalizada em todos os browsers, "de modo a garantir uma maior universalidade de utilização para todos os contribuintes". Contudo, até agora ainda não conseguiu, porque, justifica, "a aplicação de recolha do IRS é uma aplicação com um elevado grau de complexidade, decorrente dos seus vários impressos, extensas regras de preenchimento".
Por tudo isso, "atendendo à maturidade da nova tecnologia e à experiência existente na AT no momento do início do desenvolvimento da aplicação de recolha do IRS, não foi possível promover a adopção de uma nova solução tecnológica a tempo de ser utilizada na recolha de declarações de rendimento do IRS em 2016, porque existiam sérios riscos para todo o processo de recolha e processamento das declarações".
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