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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Cão do barrocal algarvio quer ser reconhecido como raça portuguesa

30.08.15, Planeta Cultural

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 Há pouco mais de 10 anos existiam pouco mais de 20 exemplares do cão do barrocal algarvio, espécie que correu sérios riscos de extinção. Agora, existem cerca de 1500 e a raça está próximo de ser reconhecida como raça portuguesa.

Nesse sentido, este sábado, em Faro, realizou-se o primeiro concurso oficial, que contou com a colaboração do Clube Português de Canicultura (CPC).

«Estava em vias de desaparecer e tentámos recuperá-lo e corrigir alguns cruzamentos», lembra José Afonso, vice-presidente da Associação dos Criadores do Cão do Barrocal Algarvio, que, com Rogério Teixeira, o presidente, dinamizaram a associação:

«Há cerca de 15 anos investigámos o cão e com alguns criadores decidimos avançar.»

«No início houve quem colocasse algumas reticências, mas continuamos a fazer o nosso trabalho, porque o cão era diferente de todos os outros», complementa Rogério Teixeira.

«Fizemos um reconhecimento pela região, e comprámos exemplares, começando a criação. Chegámos depois ao CPC, que nos apoiou, nomeadamente com a oferta de chips. Já está reconhecido provisoriamente como cão de raça portuguesa, esperamos que o seja em definitivo, em 2016», acrescentou.

Carla Molinari, presidente do Clube Português de Canicultura, apoia:

«Temos observado esta raça nos últimos anos e tem um núcleo de cães bastante definido. Embora ainda não esteja oficializado, já elaboramos o estalão da raça, e estamos aqui para vermos a homogeneidade do núcleo.»

Em fisionomia, o cão do barrocal algarvio é parecido com o podengo, mas é bastante diferente no comportamento.

«Há quem o confunda, mas não têm o mesmo ADN. A maneira de caçar é diferente», vincou José Afonso.

Para acabar com as dúvidas que a dispersão dos nomes com que a raça é conhecida podia gerar, é que se deu a união em torno do cão do barrocal.

Fotos de Carlos Vidigal Jr./ASF

 

 

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