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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Bolsas dos EUA encerram no vermelho

23.09.14, Planeta Cultural

Os principais índices norte-americanos encerraram esta terça-feira, 23 de Setembro, em terreno negativo, com o S&P500 a completar a terceira sessão consecutiva de perdas.

 

O índice industrial Dow Jones perdeu 0,68% para 17.056,13 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq caiu 0,42% para 4.508,688 pontos. Já o S&P500 recuou 0,6% para 1.982,9 pontos.

 

A contribuir para a tendência negativa nas bolsas norte-americanas esteve a legislação feita pelo Governo com o objectivo de evitar a onda de empresas que, por via de aquisições de empresas estrangeiras, ou pelo facto de terem sido compradas por empresas sediadas noutros países, têm mudado a domiciliação fiscal para evitar a elevada carga tributária vigente nos Estados Unidos.

 

Esta legislação penalizou, sobretudo, a negociação em bolsa das cotadas do sector dos cuidados de saúde, como é o caso da Sigma-Aldrich, comprada pela alemã Merck KGaA. O negócio, que foi anunciado na segunda-feira, poderá sair prejudicado por esta legislação, já que o Governo pretende evitar que a Sigma-Aldrich passe a estar apenas tributável na Alemanha.

 

Outro exemplo prende-se com a recente compra da cadeia canadiana Tim Hortons pelo Burger King, que após a concretização do negócio anunciou a transferência da sede fiscal para solo canadiano. Este negócio relançou, na altura, o debate sobre a elevada carga fiscal nos Estados Unidos.

 

"As pessoas estão preocupadas com as menores perspectivas de grandes negócios. Isso está a afectar algumas acções específicas, particularmente da área da saúde", explicou à Bloomberg, John Carey, gestor de fundos da Pioneer Investment Management.

 

A penalizar a negociação estiveram também os últimos desenvolvimentos no Médio Oriente, especialmente depois de na última madrugada a coligação internacional ter levado a cabo um conjunto de acções contra o Estado Islâmico em território sírio, algo que estava, até ao momento, colocado de parte.

 

"A situação geopolítica é muito incerto e cheio de riscos. Um grande evento pode ter efeitos graves sobre a economia", acrescenta o gestor. 

 

 

In' Jornal de Negócios