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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Perto dos 102 anos, Manoel de Oliveira regressa às grandes salas

07.12.10, Planeta Cultural

 

Prestes a completar 102 anos, o realizador Manoel de Oliveira mostra na quinta-feira na Fundação de Serralves, no Porto, a curta-metragem que fez sobre os Painéis de São Vicente de Fora, encomendada por aquela instituição.

 

Painéis de São Vicente de Fora, visão poética foi rodado em 2009, mas só agora será exibido em Serralves, dando-se a «feliz coincidência» de acontecer poucos dias antes de Manoel de Oliveira celebrar, no sábado 102 anos, disse à Lusa fonte da instituição.

 

O filme é uma reflexão pessoal de Manoel de Oliveira sobre uma das obras-primas da pintura portuguesa século XVI, um políptico da autoria de Nuno Gonçalves.

 

O realizador rodou o filme no Museu Nacional de Arte Antiga, onde os painéis estão expostos, mas acrescentou-lhes vida, com atores a representarem algumas das figuras retratadas na pintura.

 

A curta-metragem, com cerca de 15 minutos, conta com a participação de Ricardo Trêpa e Diogo Dória nos papéis de São Vicente e de Infante D. Henrique, respectivamente.

 

Painéis de São Vicente de Fora, visão poética, que será exibido na quinta-feira à noite em Serralves, já passou pelos festivais de Veneza e de São Paulo e nos portugueses Faial Film Fest e DocLisboa.

 

Além desta curta-metragem, esta semana voltam aos cinemas dois filmes essenciais da longa filmografia de Manoel de Oliveira, em versão restaurada e remasterizada.

 

Pela mão da Zon Lusomundo, a partir de quarta-feira estarão nos cinemas a curta-metragem documental Douro, faina fluvial (1931) e a longa-metragem de ficção Aniki Bobó (1942), dois dos primeiros filmes de Manoel de Oliveira.

Os dois filmes serão editados também pela primeira vez em DVD, a lançar também na quarta-feira, para assinalar os 102 anos de Manoel de Oliveira.

 

No fim-de-semana do aniversário, o Festival de Cinema Luso-brasileiro exibirá, no domingo, no encerramento, o mais recente filme do realizador portuense, O estranho caso de Angélica, ainda sem data de estreia comercial nos cinemas.

 

Manoel de Oliveira sempre disse que não tem medo da morte e que tem ainda muitos projectos a concretizar, fazendo jus ao título de mais velho realizador do mundo ainda em actividade.

 

Atualmente, está a trabalhar em pelo menos duas longas-metragens, em fase de financiamento, que deverão ser produzidas pela produtora O Som e a Fúria.

 

 

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