Portugueses recordam génio que hoje completa 50 anos
Diego Armando Maradona faz hoje 50 anos; Rui Barros lembra as fotos com o astro e Carlos Xavier a camisola trocada depois de insultos a Bilardo.
O génio faz meio século. Diego Armando Maradona nasceu a 30 de Outubro de 1960, há precisamente 50 anos. Elevado quase à condição de ícone político e cultural, Maradona é ainda sinónimo de craque pelo que fez nos relvados ao longo de uma carreira que começou em 1975 no Argentinos Juniors e acabou em 1997 no Boca Juniors. Pelo meio, o futebol mágico que demonstrou ao serviço da Argentina, que carregou às costas, até à conquista do Mundial em 1986, ou pelo Nápoles, catapultando o emblema do oprimido Sul de Itália para a elite.
Apesar da rivalidade, Rui Barros, que no final dos anos 80 despontava na rica e poderosa Juventus de Turim, fez questão de mostrar a El Pibe que era seu fã... "Eu era um jovem, estava a despontar e, no final de um jogo, pedi-lhe a camisola e para tirar fotos com ele... Ele disse-me que tinha afinidade comigo porque ambos éramos baixinhos e também por isso gostava da minha forma de jogar", sublinha Rui Barros, para quem Maradona contrariava toda a lógica do futebol: "Costuma de dizer-se que a equipa é que faz o jogador. Com ele era ao contrário: sozinho fez uma equipa!"
Por sua vez, Ivkovic tem recordações ambíguas dos encontros com El Pibe. O antigo guardião do Sporting relembra ao DN o jogo frente ao Nápoles da Taça UEFA, em 1989, e o Argentina-Jugoslávia do Itália 90, em que defendeu dois penáltis ao astro argentino: "Nesse jogo contra o Nápoles, quando ele ia a marcar a penalidade, aproximei-me e disse: 'Queres apostar 100 dólares como defendo?' Ele aceitou, eu defendi e no final do jogo deu-me a camisola dele e os 100 dólares. Depois, no Mundial 1990 defendi outro penálti dele, nos quartos-de-final. Voltei a provocar, dizendo: 'Cuidado, eu sei para onde vais marcar...', simulei que ia para o mesmo lado e atirei- -me para o outro. Defendi dois penáltis de Maradona e perdi esses dois jogos"
Venâncio também recorda o encontro em Alvalade frente ao Nápoles para a Taça UEFA e destaca o talento de El Pibe. "O Nápoles entrou no relvado para treinar e ele vinha a fazer habilidades numa bola de ténis... Aquilo parecia um brinquedo nos pés dele", lembra o antigo defesa para quem Maradona foi o melhor de todos. Uma opinião corroborada por Carlos Xavier, que, depois dessa eliminatória em que o Sporting foi derrotado pelo Nápoles, voltou a encontrar-se com o esquerdino, numa fase descendente da sua carreira. "Quando ele estava no Sevilha e eu na Real Sociedad defrontei-o e, no início do jogo, pedi-lhe para no final trocarmos camisolas. O problema é que o Carlos Bilardo, técnico do Sevilha, tirou-o aos 60 minutos, e ele saiu a insultá-lo. Pensei que já não se ia lembrar, mas, no final, veio ter comigo com a sua camisola nas mãos para me oferecer. Isso também faz dele alguém especial."
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