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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Cabo-verdianos buscam inspiração em “Minha Casa, Minha Vida”no Brasil

17.08.10, Planeta Cultural

Técnicos do governo de Cabo Verde estão a visitar obras e conjuntos habitacionais construídos em comunidades do Rio de Janeiro, de São Paulo, Mato Grosso do Sul e da Bahia (Brasil). Durante 15 dias estes quadros vão conhecer o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que serve de inspiração para o nosso "Casa para todos".

 

O objectivo do grupo de Cabo Verde é conhecer, até finais de Agosto, os detalhes do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", que está a ser usado como modelo para o programa de habitação no nosso país.

O primeiro compromisso da comitiva que está no Brasil é a visita a Várzea das Moças, em Niterói, para onde foram transferidas famílias desabrigadas do Morro do Bumba, que deslizou com as chuvas de Abril deste ano.

Segundo a coordenadora da missão pelo lado brasileiro, Maricelma Zapata, a troca de informações sobre a política de habitação com o governo de Cabo Verde começou no final do ano passado, quando o primeiro grupo da Caixa Económica Federal (CEF) esteve no país africano para conhecer as demandas e projectos em andamento.

Maricelma, que é gerente de desenvolvimento urbano da CEF em Mato Grosso do Sul, explicou que Cabo Verde “tem um plano de governo que se chama Casa para Todos e é um programa muito similar ao Minha Casa, Minha Vida do Brasil. Muitos instrumentos e providências que o Brasil criou aqui são aproveitáveis lá”, como a criação do cadastro único, o roteiro para análise de renda não comprovada e a colaboração na criação de um fundo garantidor nos moldes do Brasil.

Elder Jorge Almeida, consultor do Ministério da Habitação e coordenador do programa Reabilitar de Cabo Verde, lembra que o país teve de começar “do zero” em várias áreas. Segundo Elder, a educação e saúde foram as prioridades do governo e “agora que as coisas estão bem encaminhadas na saúde e educação, está a apostar-se na qualidade de vida nos espaços urbanos”.

“A gente não tem que inventar a roda. A roda já existe. Cabo Verde, por sua formação histórica, está bebendo na fonte de países parceiros como o Brasil e Portugal e adequando à nossa realidade”, acrescenta.

O representante de Cabo Verde explicou ainda que o objectivo é criar uma política habitacional que não seja apenas “política social, mas de interesse social”, ou seja, deve incluir desde famílias de baixa renda às de classe média, disponibilizando habitação a vários preços.

Segundo Elder Jorge de Almeida, nos moldes do Minha Casa, Minha Vida, que está a ser usado como referência para as famílias de baixa renda, “já foram iniciadas obras de 450 habitações”. “Estamos a preparar até o final de Agosto, outras 1600 e o objectivo é construir 8600, em quatro anos. Isso na nossa realidade é muito, porque estamos a falar de um país que não tem muito recurso financeiro”.

 

 

 

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