"Os problemas que têm dimensão e impacto estão a ficar debaixo do tapete"
Belmiro de Azevedo desvalorizou hoje o impacto das medidas do subsídio de desemprego e diz que o foco deveria ser outro. “Os problemas que têm dimensão e impacto estão a ficar debaixo do tapete”, alerta o patrão da Sonae, reportando-se às grandes obras públicas.
"Qualquer acção que se tome tem que se quantificar. Tem que se saber duas coisa: qual é o impacto e quando começa o impacto. Não se pode dizer é bom ou mau, pode ser uma coisa importante ou não ter impacto quase nenhum".
O patrão da Sonae defendeu novamente a paragem dos grandes investimentos em obras públicas. “O Governo já disse que aquelas obras não são para continuar e, em minha opinião, não deviam começar e há razões para isso”, sintetizou, em declarações aos jornalistas, esta tarde, à margem de um evento na Escola de Gestão do Porto.
Sobre a magistratura de influencia que o Presidente da República poderá ter, foi lacónico. “Não sei, ele pode ter a ideia que influencia”, disse. Quanto às consequências da execução do plano governamental, pensa que já estão a ter reflexos. “O dinheiro vai ficar muito caro. A República portuguesa fez uma emissão em Dezembro e quatro meses depois vai custar quatro vezes mais, de 1% para 4%. O dinheiro é finito”, sustentou.
O empresário quer ainda que se deixe de discutir em demasia os assuntos, sem que haja medidas concretas. E dá um exemplo concreto. “A Irlanda, numa situação muito difícil, reagiu muito bem, tinha eleições à porta e não pôde falar durante um mês. Tomaram as medidas e foram muito menos dolorosas, do que se tivesse tomado as mesmas decisões um mês depois”, constatou. Quanto a Portugal, não tem dúvidas. “Há muito tempo que devíamos ter passado à acção.”
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