Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

Cavaco recusa dramatização sobre governabilidade do país

11.12.09, Planeta Cultural
O Presidente da República recusou, esta sexta-feira no Porto, entrar em «retóricas de dramatização» sobre a governabilidade do país, mas apelou a uma cultura de responsabilidade entre as diferentes forças políticas.
 

«Não entro em jogos que possam aumentar a tensão no nosso país. Não entro em retóricas de dramatização», começou por dizer Cavaco Silva, quando confrontado pelos jornalistas com os apelos de algumas vozes socialistas, que esta semana defenderam a intervenção do PR sobre a estabilidade governativa do país, alegando estar em causa o normal funcionamento das instituições.
   
Cavaco Silva recusa dramatismos e diz confiar no bom senso e no diálogo entre os partidos, mas foi apelando à responsabilidade das diferentes forças políticas.
   
«Neste tempo de exigência na negociação, no diálogo e no entendimento, é bom que, ao lado, esteja também o tempo da responsabilidade. Devemos esperar que ao lado da cultura de negociação exista a cultura de responsabilidade», insistiu o chefe de Estado, à margem da inauguração do Palácio das Artes - Fábrica de Talentos, no Porto.

Lembrando que a situação política nacional «não é inédita» e que o país já viveu outras fases de governos minoritários, Cavaco Silva alertou para a importância de negociar.
 
«Existiu um Governo sem apoio maioritário no tempo em que António Guterres foi primeiro-ministro, entre 1995 e 2002, tal como eu também presidi a um governo minoritário. Sei bem o diálogo que tive de desenvolver. Algumas leis foram reprovadas e se calhar fiquei incomodado, mas, mesmo um governo minoritário aprovou leis muito importantes», recordou.
 
«Não entro em retóricas de dramatização. As forças políticas acabarão por revelar bom senso», frisou.
   
Falar em perigos para o normal funcionamento das instituições, como fizeram algumas figuras do PS, é, para o PR, um «exagero total».

 

Sobre a acesa troca de palavras entre Maria José Nogueira Pinto e Ricardo Gonçalves na primeira Comissão Parlamentar de Saúde, na quarta-feira, Cavaco Silva disse que será «sempre o último a interferir nos debates parlamentares».

 

Cavaco Silva afirmou ainda que espera que todos os órgãos ode soberania, incluindo o Parlamento, contribuam para a estabilidade, frisando que ele próprio será sempre um referencial de estabilidade.

 

Na primeira audição da Comissão Parlamentar de Saúde, esta quarta-feira, Maria José Nogueira Pinto chamou «palhaço» ao socialista Ricardo Gonçalves, que respondeu acusando a deputada do PSD de se vender a qualquer preço para ser eleita.

 

O editor de política do Diário de Notícias afirmou que estas declarações de Cavaco Silva foram «preparadas com absoluta minúcia» para frisar que quando ele chegou a primeiro-ministro conseguiu com sucesso não só governar, como negociar com a oposição.

Estas declarações são um recado ao PS, mas também aos partidos da oposição, que devem ser responsáveis, acrescentou.

 

Para David Dinis, o Chefe de Estado reiterou que «não quer que o coloquem dentro do jogo partidário», considerando que o que está a acontecer são jogos de política, «onde se joga com ameaças de ingovernabilidade».

 

Visite a fonte da informação aqui