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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Menina curada do vírus da Sida

24.10.13, Planeta Cultural

Aos 3 anos, criança continua sem sinais de HIV após tratamento
Criança recebeu antirretrovirais até os 18 meses e deixou de apresentar vestígios do vírus no sangue

 

Uma menina, tratada contra a infecção por HIV logo após o nascimento, permanece sem qualquer sinal de infecção aos 3 anos de idade, sugerindo que a cura aparente de facto aconteceu, anunciaram cientistas norte-americanos na quarta-feira.

A história da primeira criança de que se tem notícia curada do HIV graças ao tratamento precoce baseado em doses elevadas de medicamentos antirretrovirais - o que os cientistas preferem chamar de "remissão sustentada" - foi anunciada em Março, quando ela tinha dois anos e meio.

Vários adultos infectados com o vírus da Sida foram identificados na literatura médica como tendo sido curados da doença, sendo o mais famoso Timothy Brown, conhecido como "o paciente de Berlim", que recebeu um transplante de medula para tratar leucemia e que acabou por ficar sem vestígios de HIV no sangue.

Mas nenhum método fácil emergiu para erradicar o vírus da imunodeficiência humana adquirida, que afecta 34 milhões de pessoas em todo o mundo e é responsável por 1,8 milhão de mortes anualmente.

No caso da menina, cuja investigação foi publicada no New England Journal of Medicine, a criança recebeu medicamentos antirretrovirais até os 18 meses e, depois de um ano e meio sem tratamento, não apresentava nenhum sinal da doença.

"As nossas descobertas sugerem que a remissão desta criança não é sorte, mas provavelmente resultou da terapia agressiva e precoce que pode ter evitado que o vírus tomasse conta das células imunológicas", explicou a principal autora do artigo, Deborah Persaud, virologista e especialista em HIV pediátrico do Centro Infantil do Hospital Johns Hopkins.

A mãe da menina deu à luz prematuramente, cerca de um mês antes do previsto, e não recebeu qualquer cuidado pré-natal. Ela não sabia que tinha HIV até fazer exames no hospital de Mississippi, onde a criança nasceu.

Alto nível de infecção

Quando nasceu, a bebé estava infectada com o HIV e o alto nível do vírus encontrado no seu sangue sugeria que a infecção tinha sido adquirida ainda no útero.

A menina recebeu medicamentos antirretrovirais nos primeiros 15 a 18 meses de vida, altura em que deixou de ser acompanhada. A sua mãe levou-a de volta aos médicos aos 23 meses de vida, afirmando que ela tinha recebido a última medicação anti-HIV aos 18 meses.

"Aconteceu quase por acaso", contou Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.

Segundo o estudo, exames feitos na menina aos 23 meses apontaram para um diagnóstico negativo para o HIV e o mesmo aconteceu aos 30 meses de idade.

"Não há sinais de retorno do HIV e nós continuaremos a acompanhá-la no longo prazo", declarou a pediatra Hannah Gay, do Centro Médico da Universidade do Mississippi.

A equia médica que atendeu a menina acredita que a razão para o sucesso do tratamento esteja relacionada com a intervenção precoce e espera investigar se tratar outras crianças infectadas algumas horas depois do nascimento poderão ter resultados similares.

Segundo Fauci, está previsto um estudo financiado pelo governo norte-americano para países em desenvolvimento 2014 com recém-nascidos seropositivos.

 

 

 

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