Captura do filho de ‘El Chapo’ deixa 29 mortos e uma cidade aterrorizada
Milhares de soldados mexicanos retomaram nesta sexta-feira (6), o controle de Culiacán (noroeste) – convertida em cenário de guerra após a captura de Ovidio Guzmán, filho do traficante preso Joaquín “Chapo” Guzmán -, em uma operação que deixou 29 mortos.
Cerca de 4.500 soldados permanecem mobilizados em Culiacán e região, após a ofensiva violenta desencadeada pelo Cartel de Sinaloa para resgatar seu chefe, que está detido a centenas de quilômetros de distância em El Altiplano, a prisão de alta segurança de onde seu pai fugiu em 2015. Um ano depois, ele foi recapturado e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira, os soldados retiraram dezenas de carros roubados e incendiados ao longo da cidade -de 800 mil habitantes-, cujas ruas se tornaram palco de batalhas ferozes que chegaram a atingir o aeroporto internacional.
O terminal aéreo permaneceu fechado até esta sexta-feira, quando foi anunciada sua reabertura, enquanto os habitantes tentavam retomar cautelosamente suas atividades após o dia de terror.
Rubén Rocha, governador de Sinaloa, cuja capital é Culiacán, relatou tranquilidade. “Agora podemos relaxar um pouco, retomar nossas atividades prioritárias”, disse.
Em alguns pontos da cidade, porém, a circulação continuou interrompida por veículos carbonizados, mas não foram registrados novos confrontos ou bloqueios.
A operação para prender Guzmán, de 32 anos, deixou 10 soldados e 19 supostos criminosos mortos, informou nesta sexta-feira o secretário de Defesa, Luis Cresencio Sandoval.
Um coronel está entre os mortos, enquanto outros 35 militares ficaram feridos a tiros e 21 criminosos foram presos.