Cientistas portugueses descobriram, numa experiência com peixes-zebra, que há órgãos como o intestino que envelhecem mais cedo, devido ao ritmo acelerado dos "relógios moleculares" das células, que leva ao aparecimento de lesões.
O trabalho, conduzido por investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), foi publicado na revista PLOS Genetics.
Os "relógios moleculares" das células são os telómeros, as pontas dos cromossomas que asseguram que não há perda de qualquer material genético durante a divisão celular num tecido ou órgão como o intestino, o músculo, o sangue ou os rins.
Acontece que, com o avançar da idade, os telómeros, estruturas protetoras do genoma (código genético), vão encurtando, em resposta às contínuas divisões de células, expondo, assim, o genoma a danos.
Para manterem um tamanho normal, as extremidades dos cromossomas teriam de ser alongadas pela enzima telomerase. Só que a maioria das células do corpo "desliga esta enzima" no momento em que uma pessoa nasce, esclarece o IGC em comunicado.