Notícia já foi confirmada pelo primeiro-ministro do Egipto, cujas autoridades dizem que a queda se deveu a falhas técnicas, descartando a possibilidade de um atentado.
Foram ouvidas vozes de pessoas encarceradas entre os destroços do avião que se despenhou este sábado de manhã, no Egipto. A notícia foi avançada pelas equipas de busca, mas ainda não há indicações de quantos sobreviventes poderá haver.
Um avião da companhia aérea russa Kogalymavia com 224 pessoas a bordo despenhou-se na península do Sinai, no Egipto. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, depois das agências internacionais darem conta do desaparecimento do aparelho dos radares na zona de Chipre.
O aparelho, um A-321, partiu do Egipto, da estância turística de Sharm El Sheik, com destino a São Petersburgo, na Rússia, e leva sobretudo turistas russos. No avião viajavam 217 passageiros, incluindo 17 crianças, e sete tripulantes.
As equipas de busca e salvamento já encontraram os destroços do aparelho que estava partido ao meio, perto da costa norte da península do Sinai, na região de Hasna, a 35 quilómetros de Al-Arish. As autoridades egípcias começaram por dizer que era "pouco provável existirem sobreviventes", mas entretanto foram ouvidas vozes entre os destroços.
A agência Reuters indica ainda que já foram recuperados os cadáveres de pelo menos cinco crianças e que muitos dos passageiros mortos já encontrados continuavam nos seus lugares, com os cintos colocados.
O ministro da Aviação Civil do Egipto já emitiu um comunicado no qual revela que o avião viajava a 31 mil pés de altitude quando desapareceu dos radares. O primeiro-ministro do Egipto está a caminho do local, juntamente com ministros do seu Governo e Putin já comunicou as suas "profundas condolências" às famílias das vítimas. A Rússia já anunciou também o envio de equipas de emergência.
Nenhuma indicação de terrorismo
A Rússia envolveu-se recentemente de forma mais aberta no conflito na Síria, apoiando o regime de Bashar al-Assad na sua luta contra os rebeldes e o Estado Islâmico. Este facto, associado ao de o avião ter caído numa região do Egipto onde grupos rebeldes islamitas têm muita força e influência, levou à especulação de que o avião possa ter sido abatido ou sofrido um atentado.