A Fitch optou por manter o rating soberano de Portugal em ‘BB+’, que é o primeiro nível de "junk". Gorou assim as expectativas de quem apontava que seria hoje que Portugal iria sair do lixo.
Já em Outubro do ano passado se esperava que a Fitch pudesse retirar a dívida portuguesa da categoria de investimento especulativo, mas já nessa altura a agência optou pela prudência e por esperar por mais desenvolvimentos na economia do país.
Apesar dos inúmeros "desenvolvimentos positivos" que a agência identificou, o que levou a que mantivesse a perspectiva positiva para Portugal, o certo é que as debilidades encontradas levaram a que a Fitch continuasse a preferir a cautela.
A justificar a permanência de Portugal no lixo está, nomeadamente, o facto de as metas do governo para a redução do défice orçamental estarem em risco. "No entender da Fitch, é improvável que Portugal corrija o seu défice excessivo em linha com os compromissos assumidos com a União Europeia de o baixar para menos de 3% do PIB em 2015", sublinha o relatório, acrescentando que a Fitch estima um défice nominal de 3,1% este ano.