Wall Street fechou a sessão desta quinta-feira a registar uma forte queda com os índices Dow Jones e Nasdaq a perderem mais de 1,5%. O Dow Jones perdeu 1,53% para 16.946,05 dólares enquanto o tecnológico Nasdaq afundou 1,94% para 4.466,746 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 deslizou 1,6% para 1.966,20 pontos, naquela que foi a sessão mais penalizadora desde o mês de Julho.
A Apple, que fechou a recuar 3,81% para 97,87 dólares, foi a cotada que mais penalizou Wall Street no dia em que as acções norte-americanas registaram a maior desvalorização em oito semanas.
A gigante tecnológica liderada por Tim Cook chegou a tocar nos 97,72 dólares, aquele que é o valor mais baixo registado desde o passado dia 9 de Setembro, quando negociou nos 96,14 dólares.
A contribuir para a má performance bolsista da Apple estão as notícias mais recentes relacionadas com produtos da empresa. Depois do lançamento bem sucedido dos novos iPhone 6, que permitiu atingir recordes de pré-encomendas e de vendas, que após os primeiros três dias já tinham superado os 10 milhões de aparelhos, começaram a surgir informações que colocam em causa a qualidade dos mesmos.
Às informações que revelavam que os novos iPhone 6 dobram com muita facilidade, somam-se os problemas relacionados com o software iOS 8. Este sistema operativo impede os utilizadores de usufruir de várias aplicações, facto que levou a Apple, já esta quinta-feira, a pedir desculpa pelos constrangimentos causados pelas deficiências do novo sistema operativo.
Também a contribuir para um dia negativo nas bolsas norte-americanas esteve o reforço das acções militares da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos e que passa por ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. É já o terceiro dia consecutivo de ataques, que passaram entretanto a contar com a participação da França e do Reino Unido.
A melhoria dos dados económicos nos Estados Unidos fez retomar o debate em torno do momento que será escolhido pela Reserva Federal para aumentar as taxas de juro que permanecem em níveis próximos de zero.
Porque apesar de a líder da Fed, Janet Yellen, ter assegurado recentemente que as taxas de juro irão permanecer inalteradas por um período "considerável de tempo", os investidores continuam a especular sobre se as melhorias generalizadas registadas pela maior economia mundial poderão levar a Fed a rever a sua posição e a antecipar uma subida dos custos de financiamento.
Esta quinta-feira, foram conhecidos novos dados que indiciam a tendência de recuperação da economia dos Estados Unidos. De acordo com dados do Departamento do Trabalho, o número de pedidos de subsídios de desemprego aumentou, na semana que terminou a 20 de Setembro, em 12 mil para 293 mil pedidos.
Outro dado divulgado esta quinta-feira pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos parece reforçar a ideia de recuperação da maior economia mundial. As encomendas de bens de capital avançaram 0,6% em Agosto, depois da contracção de 0,2% que havia sido registada em Julho. Esta sexta-feira, dia 26 de Setembro, será divulgada a leitura mais recente sobre a evolução do produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos.
In' Jornal de Negócios