Acções do BCP ajustam esta terça-feira para 11,1 cêntimos
As acções do BCP negociaram esta segunda-feira pela última vez com direito a participar no aumento de capital, pelo que terça-feira a cotação dos títulos sofre um ajuste técnico para 11,1 cêntimos. Os direitos ficam com um valor teórico de 8 cêntimos.
A cotação das acções do Banco Comercial Português vai ajustar na sessão de terça-feira, 1 de Julho, para reflectir o facto de os títulos passarem a negociar destacados dos direitos de subscrição das novas acções que o banco vai emitir.
Esta segunda-feira, 30 de Junho, os títulos fecharam a valer 19,09 cêntimos, após uma subida de 4,95%, pelo que o ajuste da cotação leva as acções a um preço de 11,1 cêntimos, de acordo com os cálculos do Negócios. Na terça-feira, 1 de Julho, a variação das acções na abertura será contra este preço ajustado (11,1 cêntimos) e não face à cotação de fecho da véspera (19,09 cêntimos).
A diferença entre o valor de fecho de ontem e a cotação ajustada pós-destaque dos direitos corresponde ao valor teórico dos direitos. Assim, estes títulos que permitem subscrever as novas acções do BCP têm um valor teórico de 8 cêntimos. Este ajuste nas acções é de 42%, mas não representa uma perda para o investidor, já em que troca da queda do valor das acções os investidores recebem direitos de subscrição de novas acções. O efeito no PSI-20 também é nulo.
Quatro direito subscrevem sete acções
A cada acção que os accionistas do BCP tinham em carteira até ao fecho de hoje será atribuído um direito. Cada direito possibilita a subscrição de 1,75 novas acções do BCP no aumento de capital. Ou seja, por cada 4 direitos, o investidor poderá subscrever sete novas acções do banco liderado por Nuno Amado, além do pagamento de 0,065 euros por cada uma.
Os direitos de subscrição do aumento de capital vão ser negociados em bolsa entre 4 e 14 de Julho. Em função deste ajuste técnico nas acções, estes direitos têm um valor teórico de 8 cêntimos.
Contudo, o seu valor irá depois variar consoante a cotação das acções. A diferença entre a cotação do BCP a partir do fecho desta segunda-feira, face ao preço de subscrição (0,065 euros), deverá multiplicar-se por 1,75 para encontrar o valor teórico do direito.
Os direitos vão ser também negociados em bolsa, sendo que o investidor pode optar por os vender (se não pretender participar no aumento de capital), ou então subscrever as novas acções.
Quem não é accionista do BCP, mas quer participar no aumento de capital, pode comprar direitos em bolsa e subscrever as novas acções. O período das ordens de subscrição inicia-se também a 4 de Julho e prolonga-se até 18 de Julho. Os resultados da oferta serão apurados a 22 de Julho.
O BCP vai emitir 34.487 milhões de novas acções, numa operação que resultará num encaixe de 2.225 milhões de euros.
In' Jornal de Negócios