Ryanair com resultados negativos no terceiro trimestre volta-se para segmento empresarial
A aérea irlandesa apresentou, esta segunda-feira, perdas relativas ao terceiro trimestre de 2013 na ordem dos 35,2 milhões de euros, que comparam com a obtenção de um lucro de 18,1 milhões de euros no período homólogo, naquilo que representa o primeiro terceiro trimestre com perdas desde 2010.
O "Wall Street Journal" escreve que a aposta, implementada por Michael O’Leary (na foto), director-executivo da companhia, na redução de custos e introdução de variadas taxas aplicadas aos clientes acabou por sofrer um duro revés, no final do último ano, quando diversas companhias aéreas concorrentes iniciaram uma feroz competição na redução de diversas taxas e custos.
Nessa altura O’Leary começou por dar sinais de querer mudar o rumo da Ryanair, dando preferência a uma política voltada para o cliente, apostando em medidas orientadas para o conforto e a redução das mais variadas taxas sobre os passageiros e as suas bagagens.
Agora, novamente de acordo com o "Wall Street Journal", um dos principais vectores estratégicos da Ryanair deverá passar pela aposta no segmento empresarial, com a possibilidade de lugares reservados e uma clara aposta em aeroportos como o de Lisboa, Bruxelas, Atenas e Roma (Fiumicino).
O novo posicionamento da aérea celta implicará, naturalmente, o aumento de custos da companhia e a necessidade de maiores gastos em política de marketing. Contudo, de acordo com Christoph Mueller, CEO da companhia aérea nacional irlandesa Aer Lingus, citado pelo jornal norte-americano, a Ryanair "não tinha outra possibilidade senão entrar no segmento empresarial", uma vez que "o modelo de negócio faliu, porque a [Ryanair] não poderá continuar uma aposta no estímulo a procura".
In' Jornal de Negócios