Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

Três polícias e três empresários acusados de corrupção

09.01.14, Planeta Cultural

O Ministério Público acusou três agentes da Polícia de Segurança  Pública de corrupção e abuso de poder, e três empresários de corrupção, por suspeitas de envolvimento num alegado esquema de suborno no negócio de explosivos.

 

O advogado dos três polícias disse à agência Lusa que os agentes estão acusados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de mais de duas dezenas de crimes de corrupção ativa e passiva, enquanto os empresários, que estão em liberdade, vão responder por corrupção ativa.

 

Os três agentes prestavam serviço no Departamento de Armas e Explosivos da Direção Nacional da PSP, e encontram-se em prisão preventiva ao abrigo deste processo desde junho de 2012, mês em que foram detidos durante uma operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ).

 

Na ocasião foram detidos mais três polícias suspeitos dos mesmos crimes - que estão em liberdade -, mas fonte ligada ao processo adiantou hoje à agência Lusa que foram extraídas certidões quanto a estes elementos, passando a investigação a decorrer de forma autónoma deste processo.

 

Os polícias agora acusados são suspeitos participarem num alegado esquema de suborno, em que passavam informações sobre as ações de fiscalização a empresários que utilizavam explosivos nas pedreiras e a proprietários de fábricas de fogo-de-artifício, a troco de dinheiro.

 

O advogado dos três agentes, Melo Alves, disse à Lusa que "está a ponderar" pedir a abertura da instrução.

 

Segundo uma nota hoje publicada na página da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), "os arguidos, que à data exerciam funções no departamento da PSP destinado a controlar o uso, circulação posse e comércio de armas de fogo, munições e explosivos, aproveitando-se do exercício de tais funções, receberam pagamentos e vantagens económicas indevidas como contrapartida das informações sobre ações de fiscalização e da omissão do cumprimento dos respetivos deveres funcionais, fazendo-o com vantagens económicas individuais ilícitas".

 

Os factos ocorreram entre 2008 e 2013.

 

"O Ministério Público requereu a perda a favor do Estado das vantagens dos crimes cometidos pelos arguidos com funções públicas, através da liquidação dos bens dos arguidos e da incongruência com as respetivas declarações fiscais", acrescenta a PGDL.

 

Em junho de 2012, aquando da detenção dos suspeitos, a PJ informou que realizou cerca de 20 buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo feito várias apreensões.

 

As detenções foram feitas na sequência de uma grande operação de buscas que, segundo a PJ, se centrou no Norte, no Centro e na zona de Lisboa.

A investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, contou com o apoio da PSP e foi coordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal.

 

 

Para visitar a fonte da informação clique aqui

Bolsas americanas encerraram com variações ligeiras

09.01.14, Planeta Cultural

O índice industrial Dow Jones a ceder 0,11%, fixando-se nos 16.444,76 pontos.

 

Já o índice tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,23%, a negociar nos 4.156,19 pontos.

 

O Standard & Poor’s 500, por seu lado, fechou ligeiramente positivo, a somar 0,08% para se estabelecer nos 1.838,13 pontos. O índice segue a cair 0,7% desde o início do ano, depois de em 2013 ter acumulado uma valorização de 30%, o maior ganho desde 1997.

 

“É possível observar alguma antecipação de que os dados do emprego a serem anunciados amanhã apontarão para números verdadeiramente elevados”, comentou à Bloomberg um gestor de activos da Greenwood Capital Associates, Walter Todd.

 

“Isso poderá alterar o calendário da Fed no que diz respeito à redução dos estímulos”, acrescentou o mesmo gestor.

 

 

Para visitar a fonte da informação clique aqui

Câmara de Lisboa vai pagar 100 milhões pelos terrenos da Feira Popular e Parque Mayer

09.01.14, Planeta Cultural

António Costa anunciou na terça-feira que chegou a um "acordo global" com a Bragaparques e que o iria apresentar na próxima reunião de câmara.

 

Na proposta que vai à reunião de câmara, datada de hoje e a que a agência Lusa teve acesso, pode ler-se que o acordo "prevê a restituição à sociedade Bragaparques - Estacionamentos, S.A. e à sociedade P. Mayer S.A. as quantias desembolsadas a título de preço e encargos fiscais e administrativos, atualizados pelo índice de inflação, na aquisição daqueles terrenos".

 

No total, o município vai pagar 101.673.436,05 euros à Bragaparques e à P. Mayer (empresa da Bragaparques) pelos terrenos. Desse valor, 77.379.997,00 euros correspondem ao pagamento pelo lote 2 dos terrenos da Feira Popular e aos encargos fiscais e emolumentares pagos na sua aquisição.

 

A esse valor acresce 3.259.345,00 do Imposto Municipal sobre Imóveis e Impostos do Selo dos terrenos da Feira Popular pagos até 2013 e 2.810273,05 euros relativos a obras que a P. Mayer suportou nos mesmos terrenos.

 

Por fim, sobram 18.223.821,00 euros respeitantes à restituição dos encargos suportados pela P. Mayer com a aquisição dos Prédios do Parque Mayer.

 

No documento, as partes comprometem-se a desistir das diversas acções judiciais que envolvem os terrenos da Feira Popular e os Prédios do Parque Mayer. Contudo, as partes remetem para tribunal arbitral a resolução de questões que não alcançaram acordo.

 

Entre elas está a exigência do município de Lisboa de ser ressarcido até três milhões de euros pelo que pagou a ocupantes e arrendatários de instalações dos Prédios do Parque Mayer.

 

A Câmara de Lisboa justifica este acordo com o interesse na "consolidação, na sua esfera jurídica, da propriedade e da posse" daqueles terrenos.

 

Da parte da P. Mayer, há o interesse em "encontrar rapidamente uma solução para as várias questões que têm vindo a arrastar-se ao longo dos anos (...) com sérias implicações a nível económico, financeiro e empresarial".

 

Quando a Feira Popular abriu para a última temporada, em 28 de Março de 2003, a Câmara de Lisboa, então presidida por Pedro Santana Lopes, tencionava criar um novo parque de diversões, mais moderno - na época, a feira estava envelhecida e degradada - e reabilitar o Parque Mayer.

 

Só ao fim de três anos viria a ser realizada uma permuta entre os dois terrenos. Antes, foi aprovada uma primeira permuta, posteriormente anulada, e foi chumbada a criação de um fundo de investimento imobiliário.

 

Em 2005, os terrenos do Parque Mayer, pertença da Bragaparques, passaram para a posse da Câmara de Lisboa, e a empresa de Domingos Névoa recebeu metade do lote de Entrecampos, anteriormente municipal.

 

Em Julho daquele ano, a Bragaparques invocou o direito de preferência na hasta pública para adquirir o resto dos terrenos de Entrecampos, de 59 mil metros quadrados, por 57,1 milhões de euros - o valor de licitação por metro quadrado era de 950 euros e a P. Mayer SA, empresa da Bragaparques, pagou 967 euros. Mais tarde, o negócio seria inviabilizado por um tribunal.

 

Em 2012, o Tribunal Central Administrativo declarou nula a permuta entre a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques, que recorreram.

 

O processo teve muitas consequências a nível judicial, mas também a nível político. Em 2007, o então presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, foi constituído arguido neste processo, tal como vereadores do seu executivo. A 9 de Maio, a câmara 'caiu' por falta de quórum devido à renúncia dos mandatos dos vereadores do PSD, do PS e do Bloco de Esquerda, sendo convocadas eleições intercalares antecipadas, que seriam ganhas por António Costa.

 

Mais de dez anos depois da abertura da última época, Lisboa continua sem Feira Popular.

 

 

Para visitar a fonte da informação clique aqui