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Planeta Cultural

Acima de tudo, cultura geral

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Energias renováveis vão chegar à Zona Norte do Porto Novo até Janeiro

20.10.13, Planeta Cultural

As energias renováveis vão ser, até Janeiro de 2014, uma realidade na Zona Norte do Porto Novo, Santo Antão, onde vai ser instalada uma central fotovoltaica de cinco quilowatts, assegurou o gestor deste projecto, Atlano Fortes.

O projecto, orçado em quase 5.500 contos, já tem financiamento assegurado pelo GEF-SGP (Fundo do Ambiente), vertente Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos da Terra, e deve arrancar até finais de Outubro ou nos princípios de Novembro, informou.

Trata-se de uma iniciativa da Associação Luz Verde de Norte (ALVEN) e dos alunos do curso sobre a instalação e manutenção de equipamentos e sistemas de energias renováveis em Santo Antão, da Universidade de Cabo Verde em Santo Antão, que vão se encarregar da instalação dos equipamentos.

O projecto consiste, segundo Atlano Fortes, na implementação de um sistema fotovoltaico, com potência de cinco quilowatts, com o objectivo de abastecer 15 famílias (164 pessoas) na povoação de Chã de Feijoal, na Zona Norte do Porto Novo, com energia eléctrica durante 24 horas por dia.

Os habitantes desta comunidade são “muito pobres” e, por isso, têm dificuldades em adquirir gás butano ou petróleo para a iluminação das suas casas, de acordo com a nota descritiva do projecto a que a Inforpress teve acesso.

A população de Chã de Feijoal utiliza, para a iluminação, combustíveis fósseis, nomeadamente o gás butano, o petróleo e, em alguns casos, recorre-se mesmo da fogueira de lenha para ter a iluminação, refere o documento, que realça a importância do projecto para a melhoria das condições de vida das famílias.

Além da montagem do sistema fotovoltaico, o projecto, que tem ainda como parceiros o Governo de Cabo Verde, a Câmara Municipal do Porto Novo e a Empresa de Electricidade e Água (Electra), de entre outras instituições, vai permitir, ainda, a instalação eléctrica em 15 habitações.

 

 

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Vírus “Dexter” infecta África do Sul

20.10.13, Planeta Cultural

 UM vírus com o nome “Dexter” está a infectar o sistema informático de vários utilizadores na vizinha África do Sul, onde já roubou dados de mais de cem mil pessoas.

Descrito como um dos maiores ciber-ataques na África do Sul, o vírus já infectou milhares de sistemas de pagamento utilizados em lojas, restaurantes e hotéis. Os bancos sul-africanos estão a sofrer perdas na casa dos milhões de euros, segundo a BBC.

“É provavelmente o pior ataque deste género em termos de perdas. Começámos a detectar a fraude em algumas lojas no início deste ano mas. Com o agravar da situação, decidimos iniciar uma investigação. Encontrámos este vírus em algumas localizações”, disse ao canal britânico o chefe executivo da Pasa, uma associação que regula os sistemas de pagamento do país.

O vírus, descoberto há cerca de um ano, infecta computadores que operam no sistema operativo Windows. Recebeu o nome “Dexter”, em “homenagem” ao protagonista da série de televisão e livros com o mesmo nome. A associação a Dexter surge porque este é um assassino em série.

Felizmente, apesar de o vírus roubar dados dos cartões, não roubou códigos PIN ou o código de segurança dos cartões de crédito.

Os restaurantes KFC foram alguns dos atingidos por este vírus. O responsável pela cadeia de restaurantes na África do Sul, em declarações à Bloomberg, revelou que a primeira prioridade será garantir que o impacto nos seus clientes seja mínimo.

 

 

 

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ACTRIZ E APRESENTADORA DA RTP2 DENUNCIA RACISMO EM PORTUGAL

20.10.13, Planeta Cultural

Cláudia Semedo é atriz há uma década que lamenta que a sua cor negra a impeça de ter oportunidade de poder entrar em mais projetos de ficção.

A atriz lamenta que nem a considerem para um 'casting'. 'Por ter ascendência africana tenho de trabalhar mais', sublinha Cláudia Semedo, citada pelo 'Diário de Notícias'.

'Sinto que por ser mulher e ter ascendência africana tenho de trabalhar muito mais', diz Cláudia Semedo que admite que já se sentiu discriminada e de uma forma muito clara.

'Obviamente que sinto muito claramente que na ficção portuguesa não se contemplam as diferenças que o país tem. E o nosso país é um caldeirão, temos africanos, chineses, brasileiros... há muitos papéis sem cor que são escritos naturalmente para pessoas caucasianas e eu não estou com palas nos olhos, vejo isso', desabafa.

A também apresentadora do programa Nós, RTP2, sabe que não pode fazer todos os papéis por causa do tom da sua pele, mas assegura que não há igualdade de oportunidades para todos. 'Eu sei que não posso ser filha de um Nicolau Breyner e de uma Lia Gama, mas há uma série de papéis que posso fazer e sinto que nem me consideram para casting porque não encaixo no estereotipo de Portugal. Sinto que nem sequer se pensa nisso', acusa.

Cláudia Semedo regressa aos palcos dia 25 de Outubro com a peça Paredes Meias, no teatro Amélia ReY Colaço, Lisboa. 'É muito bom voltar', diz.

Em 2011, a cantora Rihanna, que actuou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, escreveu na rede social Twitter que foi alvo de comentários racistas no hotel onde esteve hospedada.

A estrela da Ilha de Barbados escreveu no Twitter que encontrou 'o cabrão mais racista de sempre'.

Segundo a cantora, o homem disse as 'coisas mais loucas sobre as mulheres negras'. 'Chamou-nos cadelas, prostitutas e afirmou que nós não deveríamos estar hospedadas nos mesmos hotéis que os brancos', acrescentou.

Perante estes insultos, Rihanna revelou que não se conteve e reagiu. 'Como é óbvio, a negra que há em mim saltou cá para fora, falei com sotaque dos Barbados e tudo', escreveu, com um toque de humor, revelador do modo como lidou com o caso.

No fim, a cantora acrescentou que veio a descobrir que o gerente do hotel português também era negro.

Apesar do incidente, Rihanna diz não ter guardado qualquer tipo de rancor a Portugal.

Em Setembro passado, 17 Estados membros, incluindo Portugal, propuseram a criação de um pacto pela diversidade e contra o racismo a assinar por todos os países da União Europeia e pela Comissão Europeia e a vigorar entre 2014 e 2020.

A proposta de elaboração do pacto consta da Declaração contra o Racismo assinada por Portugal, Grã-Bretanha, Bélgica, França, Suécia, Itália, Grécia, Irlanda, Bulgária, Croácia, Lituânia, Polónia, Roménia, Malta, Letónia, Chipre e Áustria, em Roma, a capital italiana, segundo a imprensa lusa.

A iniciativa partiu da ministra do Interior belga, Jolle Milquet, como forma de repudiar todas as formas de racismo e discriminação, mas em particular de mostrar uma posição firme contra as agressões de que tem sido alvo a ministra da Integração italiana, Cécile Kyenge, de origem congolesa (RDCongo).

A Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) de Portugal, Rosário Farmhouse, declarou à Lusa que depois de ter conhecimento do que se estava a passar com a ministra italiana, a ministra belga convidou todos os Estados membros da União Europeia para se juntarem numa ação conjunta.

A Declaração de Roma surge 'não só para mostrar solidariedade para com a ministra italiana, mas também para mostrar indignação em relação ao que se tem estado a passar' e, ao mesmo tempo, assumir um 'compromisso de luta no combate ao racismo e à xenofobia', disse A Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural de Portugal.

A Declaração contra o racismo não só lembra momentos históricos europeus e mundiais, como o Holocausto, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos ou o discurso de Martin Luther King, como aproveita para defender que agora, mais do que nunca, é necessário desafiar a intolerância e o extremismo onde quer que eles ocorram.

Nesse sentido, adiantou Farmhouse, ficou o compromisso de se construir um pacto para os anos 2014-2020 com medidas concretas de combate ao racismo e à xenofobia.

'Vai haver uma reunião em Janeiro onde serão detalhados os próximos passos, mas há esta vontade de haver um compromisso assumido por todos os Estados membros para alertar para esta temática', adiantou.

Segundo Farmhouse, este pacto será como que um compromisso de todos e cada país para que não deixem cair no esquecimento e tragam para primeiro plano as medidas tanto de prevenção como de penalização que já existam contra este fenómeno.

Já no que diz respeito ao que se passa especificamente em Portugal, a Alta Comissária apontou que em matéria de prevenção o país tem feito 'um caminho bastante grande', mas no respeitante à penalização dos atos xenófobos falta ainda uma alteração legislativa 'que possa permitir que a Lei de Combate à Discriminação Racial possa ser mais eficaz'.

Projeto da Portucel em Moçambique apoiado pelo Banco Mundial

20.10.13, Planeta Cultural

O Banco Mundial (BM) e a Portucel Moçambique assinam na terça-feira um acordo de cooperação relativo a um projeto integrado no centro de Moçambique, avaliado em 2,3 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), anunciou a instituição bancária.

Segundo um documento da IFC (International Finance Corporation), instituição do BM que lida com o sector privado, o objeto do acordo será um projeto da Portucel de plantação de eucalipto, produção de papel e produção de energia, avaliado em 2,3 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros).

Este investimento prevê gerar cerca de 7.500 empregos nas províncias de Manica e da Zambézia.

"A IFC vai assessorar a Portucel no reforço da sustentabilidade das suas operações florestais em Moçambique. O apoio da IFC inclui a avaliação dos impactos sociais e de ambiente, do compromisso com a comunidade e o planeamento do desenvolvimento da comunidade", refere o comunicado.

 

 

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Bolachas Oreo são tão viciantes como cocaína

20.10.13, Planeta Cultural


Produtos com elevados níveis de gordura e açúcar mais populares nos estratos socio-económicos baixos

 

Investigadores testaram o comportamento de ratazanas de laboratório perante bolachas Oreo e compararam-no com aquele que os animais demonstraram perante cocaína. Os investigadores chegaram à conclusão que as bolachas viciam tanto como a droga.

 

O principal objetivo de Jamie Honohan, estudante no Connecticut College, nos Estados Unidos, era estudar a potencial predominância de alimentos com elevado índices de gordura e açúcar nos bairros norte-americanos mais pobres, e o fator viciante daqueles, o que poderia ajudar a explicar o aumento da taxa de obesidade no país.

 

O estudo foi conduzido por Jamie Honohan, outros três colegas e Joseph Schroeder, professor de neurociência no Connecticut College. "A nossa investigação sustenta a teoria de que os alimentos com elevados índices de gordura e açúcar estimulam o cérebro da mesma forma que as drogas o fazem", refere Schroeder, citado pelo jornal da faculdade.

 

Bolachas tão perigosas como droga

 

Para comprovar isto, a equipa escolheu as bolachas Oreo - a bolacha preferida da América- porque os produtos com elevados níveis de gordura e açúcar têm um grande peso de mercado nos estratos socioeconómicos mais baixos, segundo afirma Jamie Honohan.

 

No estudo, quando as ratazanas se dirigiam às Oreo, começavam sempre por as abrir e comer, em primeiro lugar, o recheio. Só depois alimentavam-se da bolacha propriamente dita.

 

Os cientistas fizeram um labirinto: de um lado as ratazanas encontravam as Oreo e, do outro, os menos calóricos bolos de arroz. 

 

Joseph Schroeder compararam os resultados com aqueles obtidos numa experiência com o mesmo esquema, em que, em vez de Oreo e bolos de arroz, de um lado do labirinto era administrado às ratazanas cocaína e morfina e, do outro, salina. Neste teste, as cobaias tinham passado tanto tempo no lado da cocaína e da morfina como passaram no lado das Oreo, o que traduz o cariz viciante das bolachas.

 

Com a investigação, a equipa descobriu que as Oreo activam significativamente mais neurónios do que a cocaína e a morfina. "Ainda que nós associemos o consumo de droga, como cocaína e morfina, a prejuízos muito grandes para a saúde, alimentos com elevados níveis de gordura e açúcar podem representar um maior perigo ainda, por causa da sua acessibilidade", conclui Jamie Honohan.

 

 

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Batalha de Cangamba vai às salas de cinema

20.10.13, Planeta Cultural

A batalha contra a invasão sul-africana na província do Moxico em 1983, deu lugar ao filme “Cangamba”, que está em exibição desde 9 de Outubro, numa sala de cinema em Estocolmo.

 

Enquadrado no ciclo de “cinema cubano”, iniciado a 25 de Setembro, o público  viu um filme que mostra a história da libertação e consolidação da independência de Angola. Sob realização de Rogelio Paris e do Instituto Cubano de Cinema, “Cangamba” estreou em 2008. Integra outros dois filmes, “Sumbe” (realizado por Eduardo Moya, em 2011) e “Cuito Cuanavale” (em produção), os três com nomes de localidades angolanas, onde se travaram batalhas. O filme “Cangamba” tem o nome do município situado a 400 quilómetros do Luena e documenta a história da guerra em Angola, durante a qual prevaleceu o espírito patriótico, de sacrífico e de abnegação pela independência e integridade territorial. Rogelio Paris é um realizador cubano de renome, nascido em Havana em 1936. Estudou Direito e História na Universidade de Havana, e na Escola Profissional de Publicidade. É professor de Direcção de Cinema no Instituto Superior de Arte de Havana.

 

 

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Estudantes aconselhados a tirarem maior proveito dos sábados académicos

20.10.13, Planeta Cultural

O director provincial da educação, Gabriel Boaventura, aconselhou sábado os estudantes participantes no concurso sábados académicos no sentido de tirarem o maior proveito possível do concurso, de formas a contribuírem na melhoria da qualidade de ensino.

O responsável fez esse apelo no acto de abertura de mais uma edição do projecto sábado académicos, promovido pelo secretariado provincial da JMPLA, organização juvenil do MPLA.

Para Gabriel Boaventura, promover a educação cívica e moral no seio da comunidade estudantil jovem, estimular os estudantes para um maior empenho nos estudos, de modo a prepararem-se melhor para os desafios do futuro e contribuir na reconstrução do país, constitui importante tarefa dos estudantes, daí que a iniciativa da JMPLA ser imperiosa, pois concorre para esse objectivo.

Frisou que os sábados académicos vão contribuir, sobretudo, para a recuperação dos valores morais e culturais que se perderam ao longo dos tempos, bem como incentivar os jovens a irem à escola à procura do saber e não apenas com intuito de adquirem certificados.

Precisou que para o desenvolvimento do país precisa-se de homens competentes e estes são formados nas escolas, daí que e JMPLA está a contribuir positivamente neste domínio, com a realização dos sábados académicos, pois permitem a melhoria gradual e progressiva da qualidade de ensino e das condições de aprendizagem.

Já o primeiro secretário provincial de Malanje da JMPLA, Custódio da Cunha, disse que esta actividade visa elevar o índice de aplicação dos estudantes do II ciclo do ensino secundário nas tarefas de aprendizagem, que se consubstanciam no aumento dos conhecimentos.

Disse que aposta na melhoria do ensino constituir um grande desafio das instituições do Estado e dos seus parceiros no novo contexto que o país vive, rumo ao desenvolvimento, pelo que são necessário programas concretos que ensinam os jovens na formação técnico-profissional, de modo a prepara-los cientificamente para a sua inserção no mercado de trabalho.

O projecto sábados académicos contou com a participação de 12 candidatos dos municípios de Malanje (Sede), Cacuso, Quirima, Kambundi-Katembo, Caculama, Kunda-dia-base, Cangandala e Kiwaba-Nzoji.

Durante o concurso os estudantes foram submetidos a avaliações nas disciplinas de matemática, língua portuguesa, história, biologia e cultura geral.

O vencedor vai representar a província de Malanje no concurso nacional, a decorrer em Luanda, no dia 23 de Novembro do corrente ano.

O projecto visa incentivar os estudantes a se engajarem nos estudos contribuindo, desta forma, no progresso do país, bem como na formação técnico-profissional dos jovens.

 

 

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Há mais telemóveis em África que nos Estados Unidos e Europa

20.10.13, Planeta Cultural


Há mais telemóveis em África do que nos Estados Unidos e na Europa, segundo um relatório do Banco Mundial, que argumenta que os 650 milhões de aparelhos existentes são fundamentais para desenvolver o continente e colmatar a falta de infra-estruturas.

"Nalguns países africanos, há mais pessoas com acesso a um telemóvel do que a água corrente, uma conta bancária ou até electricidade; os telemóveis estão a ser usados como uma plataforma de acesso à internet, a aplicações e a serviços governamentais", escreve o ICT África, que diz que os 650 milhões de aparelhos móveis existentes no continente no ano passado transformam África na região do mundo em crescimento mais acelerado.

Nos últimos dez anos, África viveu um período de crescimento tão acelerado na utilização das novas tecnologias que o relatório do Banco Mundial chama-lhe mesmo "a década móvel", e com razão: nos últimos 25 anos, cada 10 pontos de aumento na taxa de penetração dos telemóveis, isto é, na percentagem da população com um destes aparelhos, motivou uma subida de 0,8% no Produto Interno Bruto, a que se junta mais 1,4% quando se trata das redes sem fios.

A forte expansão dos telemóveis em África motiva também o interesse das operadoras de telecomunicações. África, aliás, tem uma enorme variedade de oferta nesta área, com a maior parte dos países a terem pelo menos três empresas nesta área, o que, no total, representa uma subida de mais de 10% na oferta entre 2008 e 2010, período em que o número de operadores passou de 158 para 175. Só a Vodafone, por exemplo, teve receitas superiores a mil milhões de euros nos 12 meses terminados em Março deste ano, anunciou a empresa em Julho.

Mais de metade destes operadores são afiliados dos grandes grupos mundiais, e para além do 'know-how', trazem também muitos milhões: sete dos dez maiores negócios realizados este ano em África dizem respeito às telecomunicações, e de acordo com a consultora Manifest Mind, este sector vai passar de 60 mil milhões de dólares, para mais de 230 mil milhões em 2020, o que representa uma taxa de crescimento média acima de 20%.

Oferecendo emprego a 5 milhões de pessoas e contribuindo com 15 mil milhões de dólares de receitas fiscais para os governos africanos, as telecomunicações melhoram também o ambiente empresarial: "África é agora um país muito mais fácil para se fazer negócios, graças à melhorada interconectividade, e isso acontece porque no continente os telefones móveis são também substitutos para vários tipos de serviços, incluindo transacções bancárias, jornais, jogos e entretenimento, por isso o valor de um telemóvel é mais elevado em África que em qualquer outra parte do mundo", escreve o Banco Mundial.

De acordo com a consultora BMI - TechKnowledge Group, citada num relatório da PriceWaterhouseCoopers, os investimentos nesta área em África vão chegar, em 2015, aos 145,8 mil milhões de dólares nos últimos quinze anos, o que significa que, nesse ano, o sector das comunicações móveis vai representar dois terços de todo o investimento em telecomunicações em África, o que inclui a ligação por cabo submarino com a Europa e a América do Sul.

A tendência de uma penetração mais acentuada no mercado móvel do que no fixo vai manter-se, "com grande probabilidade, quer devido à maior eficiência financeira, como também devido ao desenvolvimento da tecnologia móvel e à concorrência de fornecedores de equipamento de mais baixo custo (como a Huawei e ZTE), que, com a sua evolução, permitirá acompanhar o crescimento da procura em termos de número de utilizadores e de aumento de utilização individual", explicou à Lusa o partner da Deloitte para a área das Telcomunicações e Media.

Miguel Eiras Antunes diz que "a adopção das tecnologias mais avançadas prende-se com o facto de África não ter realizado, no passado, investimentos em tecnologia associada ao ramo fixo e de menor capacidade e mais cara, permite agora que não tenha que rentabilizar esses investimentos e activos, o que permite este 'leapfrogging' tecnológico sem necessidade de passar por todos os ciclos tecnológicos que os operadores ocidentais passaram".

Por outro lado, o continente vai beneficiar dos "investimentos em circuitos de ligação internacional" e da "inovação e adopção de serviços inovadores" pelo efeito de compensação da ausência de estruturas físicas das autoridades.

 

 

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