Bolsas mundiais com maior ciclo de ganhos desde 2011
As bolsas mundiais voltaram a viver uma sessão de ganhos, com os investidores agradados com os dados económicos que apontam para uma recuperação da economia chinesa e com os sinais que poderá não haver intervenção militar na Síria.
O MSCI All-Country World Index, que agrupa acções das principais bolsas mundiais, subiu 0,9%, na sétima sessão consecutiva de ganhos para este índice, o que já não acontecia há dois anos, de acordo com a Bloomberg.
Este optimismo nos mercados está sobretudo relacionado com os dados económicos animadores divulgados na China. A produção industrial cresceu 10,4% e as vendas a retalho aumentaram 13,4% em Agosto, sugerindo que a economia asiática está a recuperar com força.
Uma melhoria da procura na China irá “certamente ajudar na recuperação global” da economia, afirmou Nils Rosendahl, à Bloomberg. O analista sénior na Nordea Markets, em Estocolomo acrescentou que “os dados deverão continuar acima das expectativas, por isso acreditamos que o mercado deverá aguentar-se até ao final do ano”.
Por outro lado as notícias sobre a Síria também explicam o comportamento positivo dos índices, já que Barack Obama mostrou abertura para cancelar um provável ataque militar ao país, se a proposta da Rússia de desarmamento do país for aceite. O Presidente dos Estados Unidos fará esta noite um discurso ao país, sendo que as palavras de Barack Obama deverão ditar o rumo das bolsas na quarta-feira.
Nas bolsas europeias o Stoxx 600 fechou em máximos de três meses. Em Wall Street a sessão foi também positiva, com o Dow Jones a subir 0,85% para 15.191,06 pontos e o Nasdaq a fixar um novo máximo após uma valorização de 0,62% para 3.729,01 pontos.
O S&P500 ganhou 0,74% para 1.684,04 pontos, marcando a sexta sessão seguida de ganhos, o que já não acontecia desde 15 de Julho. Neste período o S&P500 já subiu mais de 3%, anulando parte da queda sofrida em Agosto (4,6%).
Na bolsa de Nova Iorque a sessão ficou marcada pelas alterações anunciadas ao Dow Jones. O Goldman Sachs, a Nike e a Visa vão substituir o Bank of America, a HP e a Alcoa. A tecnológica e a fabricante de alumínio fecharam em queda ligeira, numa sessão em que apenas quatro cotadas do índice perderam terreno.
A Apple, que anunciou esta terça-feira novos iPhone, fechou em terreno negativo, anulando assim parte dos ganhos obtidos nas últimas sessões. As acções caíram 2,28% para 507,45 dólares.
As cotadas mais dependentes da evolução da economia lideraram os ganhos em Wall Street. A Microsoft, general Electric e Walt Disney fecharam a subir mais de 2%.
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