Preso por estupro teria usado celular para fotografar abuso contra menina de 11 anos
O detento Régis Douglas Ribeiro, 35, preso no sábado em Campo Grande por roubo e estupro teria fotografado cenas de abuso sexual contra a vítima, uma menina de 11 anos de idade.
Ele cumpre pena também por estupro em Sorocaba, interior paulista, e havia sido favorecido com o indulto de Natal. Veio para cá visitar a mãe. Ribeiro usou uma pistola de cola quente para dominar a criança e a tia dela, que ocupavam um carro importado numa esquina do Jardim dos Estados, bairro nobre da Capital.
A Polícia Civil pouco sabe sobre o histórico policial do detento. Ribeiro está na prisão pelos mesmos crimes praticados aqui em Campo Grande e, em 2001, tentou a liberdade, negada por quatro vezes pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele estaria cumprindo condenação em regime semiaberto.
O delegado Dimitri Erick Palermo, do 1º Distrito Policial, onde foi registrada a ocorrência disse que polícia ainda busca informações sobre a ficha policial do preso. O caso foi repassado para a DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente).
De acordo com o delegado, Régis Ribeiro dominou às vítimas, que iam a uma farmácia, por volta das 22h de sábado. O detento entrou no veículo com a arma na mão exigindo dinheiro. Ainda segundo o delegado, o detento pegou os cartões de credito da tia da garota, R$ 100 e mandado que ela saísse do veículo.
Dali, o preso seguiu com a garota no carro, indo até um “local ermo”, segundo o policial, onde teria forçado a menina a masturbá-lo e fotografado a cena por meio do celular. Ele retornou ao local e obrigou a mulher a entrar no carro e seguido para os altos da Afonso Pena, uma das mais agitadas da cidade. Ali, ele teria abandonado as vítimas.
Régis Ribeiro foi preso em seguida no Jardim dos Estados, após bater o carro no muro de uma casa.
Ele foi levado para o 1º Distrito Policial, depois transferido para uma cela individual da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). Ribeiro nega a versão publicada até agora e disse que não quer ser “condenado pela mídia antes de julgado”.
Por essa razão, o detento não quis conversar com a imprensa, apenas com o defensor público Homero Lupo Medeiros.
O defensor disse que o preso não quis comentar detalhes do ataque as duas vítimas e que quer ser transferido para Sorocaba, onde cumpre pena. A pistola de cola quente e o celular do detento foram apreendidos. Os investigadores agora apuram se é verdade que ele fotografou as cenas do abuso sexual.
Tanto o delegado quanto o defensor público não souberam informar se o detento, ainda que favorecido com o indulto de Natal poderia sair de Sorocaba e vir para Campo Grande. “Estamos apurando isso”, disse o delegado.
Um dia antes da prisão de Régis Ribeiro, duas pessoas foram assaltadas dentro do carro em Campo Grande por um homem que as dominaram com uma pistola na mão. Nos dois casos não houve o abuso sexual, no entanto a polícia apura se há relação entre os casos.
Fonte: Midiamax