Aos 14 anos, Frederico Silva tem certezas em relação aos objectivos no ténis, que passam por chegar a profissional e integrar o top-50 mundial, muitas dúvidas quanto ao futuro no percurso escolar e um sonho: jogar com Roger Federer.
"Gostaria muito de poder chegar a ser profissional e de conseguir integrar no top-50 dos melhores do Mundo", garante o jovem tenista, que terminará o ano como número cinco do ranking mundial de sub-14.
Sobre os estudos, a opinião de Frederico Silva é bem menos convicta: "De momento não sei, estou no 9.º ano e já deveria ter uma ideia, mas não tenho. Estou a pensar ir para um curso de ciências e tecnologias, ou economia, mas ainda não sei bem".
Neste campo, a única certeza é a de que se um dia tiver de optar entre o desporto e a escola, será o ténis a vencer.
Frederico Silva treina desde os sete anos no Clube de Ténis das Caldas da Rainha, onde chegou por influência de um familiar: "Vim jogar com o meu tio, ele disse que eu tinha jeito, gostei e fiquei".
Desde então tem coleccionado títulos nacionais e internacionais, que o tornam no melhor tenista português de sempre no seu escalão.
Frederico Silva é agenciado pelo Internacional Management Group (IMC), a mesma empresa que gere a carreira de Roger Federer, o grande ídolo que o jovem tenista das Caldas da Rainha gostava de defrontar.
"O agenciamento da IMG permite-me encontrar mais patrocinadores e apoios, que me ajudam na carreira, e também conseguir 'wild cards' para torneios e treinar com jogadores de topo", explica Frederico Silva que, para já, não coloca a hipótese de sair de Portugal em nome do ténis.
"Neste momento, sinto-me bem em Portugal, sinto que tenho as condições necessárias", afirma.
O dia de Frederico Silva começa cedo, e acaba tarde, muito por culpa do ténis, que lhe "rouba" em média quatro horas por dia, e lhe permite poucos luxos: "Quando não é época de testes vou ao computador ou vejo televisão, mas normalmente não tenho outros hobbies".
Por enquanto, Frederico Silva não sente que o ténis lhe roube tempo para estar com os amigos que, diz, sempre o apoiaram e não o convidam muito para saídas.
O Jogo