Os principais índices bolsistas dos EUA encerraram no vermelho, limitando o "rally" trimestral do S&P500 ao melhor desde 2003 em vez de 1998, que era a situação no fecho de ontem.
A queda inesperada da confiança dos consumidores norte-americanos em Junho e o facto de o incumprimento do crédito ter mais do que duplicado no segmento das hipotecas menos arriscadas contribuíram para o mau desempenho dos mercados accionistas do outro lado do Atlântico.
O Dow Jones fechou a perder 0,96%, fixando-se nos 8.447,53 pontos. No mês, ganhou menos de 0,1%, por pouco entrando na primeira queda mensal desde Fevereiro.
O S&P 500 cedeu 0,85%, para 919,34 pontos. Apesar de ter ganho quase 15% este trimestre, a subida do Standard & Poor’s 500 começou a perder fôlego em Junho, devido aos receios de que os preços das acções já estivessem a reflectir uma retoma económica que afinal pode demorar mais do que se pensava.
O Nasdaq fixou-se nos 1.835,04 pontos, com uma desvalorização de 0,49%.
A Caterpillar, a Expedia e a Starbucks cederam terreno depois do anúncio de que o índice de confiança dos consumidores, medido pelo Conference Board, caiu para 49,3 pontos em Junho, ficando assim seis pontos abaixo da média prevista pelos economistas inquiridos pela Bloomberg.
O Citigroup e o JPMorgan foram penalizados pelos dados divulgados pelo governo, que revelaram que os empréstimos “prime” (os “subprime” são os de alto risco) vencidos e não pagos há 60 dias ou mais aumentaram 2,9% no primeiro trimestre, contra 1,1% no período homólogo de 2008.
“Tivemos um excelente trimestre e agora as pessoas começam a questionar-se sobre o que irá acontecer a seguir”, comentou à Bloomberg um gestor da Paradigm Capital Management, Jonathan Vyorst. “Os fundamentais da economia não estão muito fortes”, acrescentou.
Fonte: Jornal de Negócios