Banco cai mais de 8% e eléctrica mais de 5%

Fortes quedas do BES e da EDP pressionam bolsa

A bolsa nacional fechou em queda pressionada essencialmente pelo Banco Espírito Santo, que caiu mais de 8% no dia em que os seus direitos afundaram mais de 26%, e pela Energias de Portugal, que deslizou mais de 5% penalizada por uma nota de investimento negativa. O PSI-20 depreciou 1,29%, liderando as desvalorizações na Europa. O principal índice da bolsa nacional (PSI-20) negociou nos 6.156,26 pontos, com 11 acções em alta, oito em queda e uma inalterada. Na Europa, as congéneres seguem sem uma tendência definida. Por cá, a EDP foi o título que mais contribuiu para a tendência negativa ao cair 5,64% para os 2,60 euros. A eléctrica foi pressionada pelo facto do Goldman Sachs ter revisto em baixa a avaliação da EDP Renováveis, para 7,70 euros, e de ter cortado a avaliação da EDP em 6%, ao mesmo tempo que reduziu a recomendação das acções da eléctrica liderada por António Mexia para “neutral”. O banco justifica a alteração com o menor potencial de valorização da EDP face às congéneres. A participada da EDP, EDP Renováveis fechou, no entanto, a subir 0,57% para os 6,18 euros. No restante sector, a Galp Energia perdeu 2,27% para os 9,17 euros enquanto a REN avançou 0,29% para os 3,15 euros. Outro título responsável pela queda do PSI-20 foi o BES, que caiu 8,19% para os 2,77 euros. O banco presidido por Ricardo Salgado chegou a cair mais de 10% para o valor mais baixo desde 1996 nos 2,70 euros. A contribuir para a queda estiveram os direitos de subscrição de acções do aumento de capital do banco, que desvalorizaram um máximo de mais de 26% e fecharam a cair 21,19% para os 1,19 euros. Na restante banca, o BPI também pressionou com uma desvalorização de 1,26% para os 1,57 euros enquanto o BCP travou maiores quedas com um ganho de 0,48% para os 0,63 euros. Altri sobe mais de 1% com resultados acima do esperado A Altri somou 1,15% para os 2,02 euros depois de ontem ter revelado uma quebra de 80% nos resultados líquidos de 2008, para 4,1 milhões de euros, valor que, ainda assim, superou “substancialmente” as estimativas dos analistas, revelando a capacidade da empresa de pasta e papel em enfrentar o clima adverso neste mercado. Do lado das subidas, de sublinhar ainda a Portugal Telecom, que apreciou 0,35% para os 5,76 euros e a Brisa, que avançou 2% para os 5,10 euros. Fora do PSI-20 a Sonae Capital deslizou 3,92% para os 0,49 euros. A evolução das vendas de apartamentos do Troia Resort, um dos principais projectos da Sonae Capital, revela as dificuldades que a empresa enfrenta, consideram os analistas do BPI, que apontam o facto de não ter sido assinado nenhum contrato promessa destas unidades desde Agosto do ano passado. A necessidade de refinanciar parte da dívida este ano, é uma "fonte de preocupação" para o Millennium IB.

Fonte Inf.- Jornal de Negócios