Buracos negros não se activam com fusões de galáxias
Conclusão contraria crença de que a maioria dos núcleos activos reagia à acção de duas galáxias.
Uma equipa de cientistas descobriu que a maioria dos buracos negros que estão no centro das galáxias desde os últimos 11 mil milhões de anos «não se tornaram activos devido a fusões de galáxias», como se pensava até agora.
A conclusão consta de um estudo realizado por cientistas internacionais publicado esta quarta-feira na revista da especialidade Astrophysical Journal e citado pela Lusa.
O estudo tinha por objectivo descobrir a origem «do material que activa o buraco negro adormecido que origina violentas explosões no centro da galáxia, tornando-se num núcleo activo de galáxia».
Até agora, os astrónomos achavam que a maioria destes núcleos activos se «acendiam» quando se dava uma fusão de duas galáxias ou quando duas galáxias passavam muito perto uma da outra e o material perturbado se tornava no combustível do buraco negro central».
O novo estudo, que combina dados do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul) e do observatório espacial de raios X XMM-Newton da ESA (Agência Espacial Europeia), indica que a «ideia pode estar errada no caso de muitas galáxias activas».
A equipa de cientistas descobriu que «os núcleos activos são encontrados maioritariamente em galáxias com massa muito elevada, que contém muita matéria escura».
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