Petróleo regressa aos ganhos com Líbia no centro das atenções
Os preços do petróleo estão de novo a subir, a revelarem uma forte volatilidade.
A matéria-prima negoceia novamente em terreno positivo, com o clima de violência na Líbia no centro das atenções do mercado.
O CEO da Saudi Arabian Oil Co., Khalid Al-Falih, disse hoje que a sua empresa está pronta a compensar qualquer redução do fornecimento de crude líbio, o que ajudou a aliviar a pressão no mercado petrolífero e colocou as cotações no vermelho.
No entanto, o movimento de queda durou pouco. A produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo já registou uma queda de 1% em Fevereiro, segundo dados da Bloomberg, o que contribuiu para aumentar os receios.
Se o actual clima de contestação em vários países do Médio Oriente e do Norte de África se propagar a outras importantes regiões produtoras de crude, nem a capacidade extra da OPEP – avaliada em cinco milhões de barris por dia – servirá para colmatar a redução da oferta nos mercados internacionais.
O facto de o emirado de Omã estar já também a enfrentar protestos contribui para intensificar estes receios.
Fadel Gheit, analista da Oppenheimer, disse ao Negócios Online que a evolução do mercado petrolífero dependerá fortemente de qual será o próximo regime do Médio Oriente a ser derrubado e da dimensão das perturbações na oferta.
“A Líbia e a Argélia exportam, juntas, menos do que os Emirados Árabes Unidos ou o Koweit. A capacidade de produção adicional da OPEP é de cinco milhões de barris por dia, pelo que não é provável que haja escassez no fornecimento. No entanto, uma vez que os preços do petróleo variam em função da percepção, especulação e manipulação do mercado pelas instituições financeiras, as cotações do crude norte-americano podem atingir os 110 dólares muito em breve e os 120 dólares no Verão”, comentou o analista.
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